Desenvolvimento Visual da Criança Saiba mais sobre o desenvolvimento visual da criança

Ao nascer, por imaturidade do sistema neurovisual, o bebê apenas distingue luz, formas e movimentos de perto. Deve-se estimular a criança com cores, contrastes e brilho.

Aos poucos a visão do bebê vai se desenvolvendo. Ao completar um mês, enxerga objetos colocados na sua frente a uns 30 cm.

Com 3 meses de idade, já é capaz de reconhecer alguns objetos e pessoas familiares.

Em torno de 4 meses, a visão de longe melhora assim como a de cores e começa a acompanhar o movimento de objetos grandes.

Aos 8 meses, a criança ainda enxerga melhor de perto que de longe, mas já reconhece pessoas que estejam do outro lado de uma sala. Com essa idade, os olhos da criança também normalmente estão próximos de sua cor definitiva, embora ainda possa haver mudanças sutis na cor da íris.
Até no máximo seis meses de vida, o bebê pode apresentar lacrimejamento e secreção. Neste caso, o oftalmologista orientará como proceder caso seja uma conjuntivite neonatal ou uma obstrução de vias lacrimais. Não se deve usar colírios ou qualquer outra substância nos olhos da criança sem orientação médica.

O primeiro exame do recém-nascido já é realizado na maternidade. Mas, logo que possível, antes de 18 meses, o bebê deve ser avaliado pelo oftalmologista por doenças como estrabismo, catarata congênita, glaucoma congênito, obstrução das vias lacrimais e retinoblastoma. É também possível determinar se a criança precisa de óculos. A maioria das deficiências visuais tem chance de ser corrigida se for detectada cedo. Pode-se observar um pequeno desvio de um e/ou outro olho (estrabismo) ocasionalmente até os três meses, mas é muito importante consultar o oftalmologista para averiguar se é um problema que deve ser tratado rapidamente. Com quatro anos de idade, a criança já consegue informar a visão e o oftalmologista pode medir a acuidade visual. A ambliopia, que ocorre quando o olho não se desenvolve adequadamente, pode ser tratada até os sete anos de idade quando a visão finaliza o processo de amadurecimento. Muitas vezes, não é possível identificar a ambliopia em um olho porque a criança enxerga com o outro olho melhor. O tratamento consiste em tratar a causa da ambliopia (mais frequentemente estrabismo e necessidade de óculos) e ocluir o olho de melhor visão para estimular o olho fraco. Nesta fase, as visitas ao oftalmologista são frequentes para modular o número de horas da oclusão e ajustar o grau de óculos. Quanto menor a criança, menos horas por dia de oclusão são necessárias e maiores as chances de reabilitação do olho amblíope sem comprometer a visão do outro olho e com uma melhor visão de profundidade.

A avaliação oftalmológica na infância é muito importante para se assegurar que a visão está se desenvolvendo de forma adequada mesmo que aparentemente esteja tudo bem.